Foi algo de repente.
Chegou, olhou, encarou e observou. Aquele garoto, ficava a pensar coisas que poderia fazer para de aproximar da garota da mesa detrás, e se tornar mais próximo dela, afinal, ela era tão complicada quanto ele mesmo. Ao se aproximar dela de uma forma tanto estranha, ela não ligou muito, ela apenas quis essa aproximação também e fez o possível para aproveitar essa novidade que ela achou interessante. Passaram-se horas, dias, semanas e eles estavam cada vez mais próximos e um apoiando o outro à respeito da vida e compartilhando planos futuros. Ele, estava totalmente apaixonado por ela, mas não assumia nada, mas também não negava. Ela, estava apaixonada também, mas não sabia como lidar com algo que nunca tinha acontecido na sua vida, não dessa forma e não nessa intensidade. Um tempo passou, e de repente estavam como um casal, e tudo o que queriam eram que os momentos que eles estavam juntos, nunca tivessem um fim, um ponto final.
Eles eram muito ligados um ao outro. Compartilhavam músicas, sorrisos, olhares, e acima de tudo, queriam o melhor para eles, não existia apenas ela, ou ele, ou você. Eram nós, eles, they, us. Troca de carinhos, cuidado e proteção, faziam com que eles firmassem ainda mais o que sentiam. Não precisava ser algo exposto a todos, mas bastasse que eles dois soubessem a respeito deles mesmos, e estavam satisfeitos assim. Sonhos eram traçados e inteiramente cheios de fé que irão acontecer e que irá haver mudanças apenas boas para a vida dos dois.
E de repente várias bombas de confusões, medos, frustrações e tomadas de decisões, tomaram as mentes e de repente tudo o que era muito desejado para ambos, juntos, passou a ser algo individual, sem aviso prévio. De repente, ao invés de ser algo falado, passou a ser escondido e ocultado. Ela, com medo de perguntar o que houve, ficou na sua e tentou compreender ao máximo. Ele, frustrado e confuso, decidiu fingir que estava tudo bem só para não ter que mexer e remexer nesse assunto que machuca ele. E assim ficou a situação deles, passaram a evitar um ao outro, serem frios e evitando ao máximo contato ou tocar no nome. Assim ficou. Um amor inesperado, cheio de vida, alegria e que veio em nome de mudanças, ficou algo deixado para depois e se tornou secundário. Em meio de tanta bagunça, ele ainda dá sinais de recuperação, mas ele não é o mais o primeiro lugar, mas de certa forma, com uma troca de olhares, demonstram que tá tudo bem não ser mais primário e que um dia vai haver respostas para tudo que está havendo dúvidas e que tudo vai ficar bem. Afinal, algo deixado para depois, terá respostas sim, quando as confusões passarem e quando perceberem que tudo é como chuva de verão e que não há tempo a ser perdido ou desperdiçado, tudo é uma equação a ser resolvida em meio de um tsunami de dores e sofrimento.
Amanda Silva - 18/06/17
- domingo, setembro 24, 2017
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